A prática de higienizar as mãos é hoje uma das medidas mais simples e eficazes para prevenir a propagação de doenças. Mas ninguém sabia disso até meados do século XIX, quando ser tratado em casa era mais seguro que em um hospital, devido às condições de insalubridade da época. Foi o médico húngaro Ignaz Semmelweis que deu o pontapé inicial para mudar esse cenário: ele concluiu que a lavagem das mãos com uma solução de hipoclorito de cálcio poderia reduzir o número de mortes por febre puerperal em uma maternidade de Viena.
Em seu primeiro estudo experimental sobre o tema, a taxa de mortalidade por febre puerperal caiu de 12,24% para 3,04% no primeiro ano, em virtude do hábito de lavar as mãos antes de qualquer exame. No entanto, apesar dos resultados, as descobertas foram inicialmente contestadas. Somente anos após o falecimento de Semmelweis houve uma explicação teórica para os seus achados, graças aos trabalhos de Louis Pasteur e Robert Koch, cientistas que se dedicaram às pesquisas sobre microbiologia e doenças infecciosas.
Mesmo após dois séculos e tantos avanços na área da saúde desde então, conscientizar a população sobre a importância de higienizar as mãos ainda é um desafio. Mais de 95% das pessoas no mundo não lavam as mãos regularmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade ainda destaca que esse simples e poderoso cuidado pode reduzir em até 40% o risco de infecções.
Quando e como higienizar as mãos?
A higienização das mãos deve ser feita sempre que estas estiverem visivelmente sujas ou em situações com risco de contaminação, o que inclui:
- Antes de comer;
- Após usar o banheiro;
- Antes e depois de preparar refeições;
- Após assoar o nariz, tossir ou espirrar;
- Antes de tocar o rosto, a boca, o nariz e os olhos;
- Após tocar em animais ou em seus resíduos;
- Depois de manusear lixo;
- Antes de realizar curativos;
- Antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes;
- Depois de visitar um espaço público;
- Após tocar em dinheiro ou superfícies como corrimões;
- Antes e depois de trocar fraldas ou ajudar alguém a usar o banheiro.
Existem duas maneiras eficientes de higienizar as mãos, com o objetivo de eliminar microrganismos prejudiciais à saúde. A seguir, explicaremos a forma correta de realizar cada uma e o momento ideal para praticá-las no seu dia a dia.
Lavagem com água e sabão
Em geral, o uso de água e sabão é o método preferível para higienizar as mãos, principalmente se estiverem com sujeiras visíveis. O processo deve durar pelo menos de 20 segundos para garantir a eficácia. Confira o passo a passo:
- Molhe as mãos com água limpa e corrente;
- Aplique sabão suficiente para cobrir toda a superfície das mãos;
- Esfregue as palmas das mãos entre si;
- Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda e vice-versa;
- Entrelace os dedos e esfregue os espaços entre eles;
- Esfregue o dorso dos dedos contra a palma oposta;
- Esfregue o polegar esquerdo com a palma da mão direita e vice-versa;
- Esfregue as pontas dos dedos da mão direita contra a palma da mão esquerda e vice-versa;
- Enxágue bem as mãos com água corrente;
- Seque as mãos com uma toalha de papel descartável ou um pano limpo.
Higienização com álcool 70%
O álcool 70% é uma alternativa eficaz quando não há acesso imediato à água e sabão. A aplicação correta envolve friccionar o produto em todas as partes das mãos até que estas estejam secas, o que geralmente leva de 20 a 30 segundos.
Vale frisar: se as mãos estiverem visivelmente sujas ou engorduradas, a lavagem com água e sabão é indispensável.
E na área da saúde, como proceder?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a abordagem “5 Momentos para a Higiene das Mãos“, que orienta os profissionais da área a realizarem corretamente a higienização, sobretudo nos seguintes casos:
- Antes do contato com o paciente;
- Antes da realização de procedimentos assépticos;
- Após risco de exposição a fluidos corporais;
- Após contato com o paciente;
- Após contato com áreas próximas ao paciente.
Além da lavagem com água e sabão e do uso de álcool 70%, os profissionais de saúde também podem realizar a higienização antisséptica. A aplicação de cada método depende de fatores como o nível de sujidade das mãos, o tipo de procedimento a ser realizado e o risco de exposição a patógenos. Essas práticas fazem parte dos protocolos de segurança de hospitais e órgãos públicos, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O principal objetivo é prevenir infecções e proteger o bem-estar de todos, desde as equipes até os pacientes.
Como a Apoio atua para conscientizar e orientar sua equipe?
Com mais de três décadas de experiência no setor, a Apoio entende que a promoção de ambientes seguros começa com ações cotidianas — e uma delas é a higienização correta das mãos. Por isso, a empresa investe na capacitação contínua de seus profissionais, com treinamentos periódicos e alinhados a protocolos atualizados e diretrizes vigentes. Além disso, desenvolve campanhas internas de conscientização para fortalecer a adesão às boas práticas do setor.
A atuação da Apoio também se destaca pelo trabalho dos seus setores de qualidade e segurança, que monitoram rotinas operacionais, oferecem orientações técnicas e aplicam medidas padronizadas voltadas à prevenção de falhas e à redução de riscos. Dessa forma, posiciona-se como uma parceira estratégica de instituições de saúde para a criação de espaços funcionais, seguros e acolhedores.
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