O Expo Center Norte foi o local escolhido para receber a 26ª edição da Feira Hospitalar, considerada o terceiro maior evento de negócios em saúde no mundo que ocorreu entre os dias 21 e 24 de maio.
Divididos em quatro pavilhões, os estandes espalhados pela feira receberam cerca de 85 mil visitantes que ao caminharem pelo evento, puderam absorver conhecimentos por meio de demonstrações desde como fazer uma limpeza terminal até chegar no controle de robôs, que vem encabeçando o mercado da tecnologia.
Além das exposições, simultaneamente ocorreram cerca de 40 congressos, possibilitando a troca de conhecimento entre participantes e palestrantes.
Pela primeira vez, o Congresso de Facilities Hospitalar, promovido nos dias 23 e 24 de maio, contou com a participação institucional da APOIO. O evento contou com cerca de200 congressistas que tiveram a oportunidade de aborda temas voltados para a hotelaria em geral e a eficiência operacional em facilities.
A experiência francesa e muito mais: O primeiro dia de congresso
Na manhã do dia 23, moderado pelo coordenador científico do Congresso Brasileiro de Hotelaria e Facilities Hospitalar, Marcelo Boeger, o congresso recebeu Jean-Patrick Lanjonchère, diretor-presidente do Grupo Hospitalar da França, Paris Saint-Joseph.
Com cases franceses baseados na simplificação de protocolos e humanização para atendimentos de estrangeiros, o palestrante abordou a experiência do cliente na visão dos hospitais franceses. “A qualidade do sistema hospitalar da França beneficia a todos, não só apenas os franceses. Essa visão de mercado global é importante não só para os hospitais, mas também para a experiência dos médicos”, comentou o executivo.
Em seguida, foi a vez do sócio líder de Life Science & Health Care Deloitte Brasil, Enrico de Vettori e da gerente assistencial do hospital Vila Nova Star, Fabrícia Cristina Cotrin, falarem sobre tecnologia, inovação e gestão de serviços ao cliente. “Mudanças importantes estão impulsionando novos modelos de saúde e levarão as mais profundas inovações. Porém, a cultura nos impede de inovar. E a maioria das vezes é por medo”, destacou Vettori.
Ao final do primeiro dia, a especialista técnica de precificação em aviação Aline Mafra, o gerente geral da Novo Hotel, Luiz Ricardo Ross e a gerente de apoio assistencial e fluxo do paciente do Hospital Israelita Albert Einstein, Tatiane Canero, sentaram-se para um bate-papo sobre gerenciamento de demanda e overbooking: A experiência de hospitais, da hotelaria e de companhias aéreas.
Dia 2: Desafios, rastreabilidade e robôs
A unidade hospitalar é uma grande produtora de resíduos, de utilização de energia e cada vez mais o setor se preocupa com a sustentabilidade. Focado nesse assunto, deu-se início a palestra voltada para os desafios da gestão de facilities no edifício hospitalar.
Para Marcelo Melo Nunes, coordenador de Manutenção e Hotelaria do hospital CEMA, a utilização da tecnologia é uma grande aliada, porém a gestão deve ir além. “Recursos tecnológicos são importantes, mas você precisa acima de tudo saber utilizar. Economizar, saber ler a ferramenta para gerar produtividade, menos custos e obviamente, menos resíduos”, enfatizou o coordenador.
Moderado por Cassio Fabrício Martucci, CEO da IDTrack, o congresso contou com a presença do suíço Achim Shäfer, chefe de logística do hospital Thurgau AG, para falar sobre dispensação automática e rastreabilidade de uniformes hospitalares mostrou um pouco da realidade dos hospitais em seu país.
Para o CEO brasileiro, apesar da disparidade de desenvolvimento entres os países, os problemas se assemelham. “Nós temos uma visão de que o brasil está muito atrás. Mas os problemas que existem lá, são os mesmos daqui.” Porém, Martucci destacou que ainda é necessário o setor da saúde do Brasil “abrir a cabeça” para novas ferramentas. “O novo assusta. Existem pessoas conservadoras, todo mundo consegue perceber que as máquinas liberam tempo, gera eficiência e trabalha ao nosso favor, e não contra”, finalizou o executivo.
Encerrando o congresso, a coordenadora administrativa do hospital Santa Catarina, Gladys Antonioli, falou sobre os desafios para maximizar o giro de leitos por meio da gestão de fluxo do paciente. Logo após, o robô Ruzr, da Plugin BOT visitou o mezanino 10, com toda sua simpatia e irreverência, dando exemplos de como o setor de saúde pode se tornar cada vez mais automatizado.