Passo a passo para uma humanização da saúde segura

Junto a ImageMagica, Apoio Ecolimp participa do projeto “Conexões do Cuidar”, no Hospital de Campanha do Anhembi

Melhorar a experiência do paciente é fundamental para a sustentabilidade das instituições de saúde e, sem dúvidas, é considerado o passo a passo para uma humanização da saúde segura.

Um sorriso, uma saudação, um ambiente acolhedor, limpo e organizado. Simples gestos como estes e muitos outros remetem ao carinho que são recebidos os pacientes. Sem dúvidas, ainda impacta no processo de cura ou tratamento de cada um.

Muitos fatores colaboraram para que a humanização fosse um dos pilares para uma experiência segura e fundamental dentro dos hospitais. Os avanços tecnológicos, por exemplo, passaram a fazer parte das rotinas e, assim, novos conceitos de humanização surgiram. E esses conceitos chegaram para acrescentar ainda mais valor em uma área tão importante, se tornando a chave pela experiência do cliente.

Pensando no atual momento, durante um período que parece não ter fim, tornar um ambiente que, por si só, já é considerado cheio de suspense em algo mais leve, é fundamental para o enfretamento de um inimigo invisível, que assola o mundo a cada dia com mais casos.

Apesar das dificuldades e angústias vivenciadas por quem frequenta as entidades de saúde em meio à pandemia, a realização de pequenos gestos é capaz de reavivar a esperança. Com preparação e segurança, é possível trazer conforto e alegria àqueles que estão no front contra a Covid-19, sejam profissionais ou pacientes.

Humanização, amor e cuidado

Uma das maiores provas de que a humanização é fundamental, sem dúvidas, passa pelo projeto Conexões do Cuidar, realizado e idealizado pela ONG ImageMagica.

Essa iniciativa teve viabilização no hospital de campanha do Anhembi, graças ao suporte da ApoioEcolimp. O projeto, feito em parceria, humaniza o atendimento nos hospitais, realizando chamadas de vídeo entre pacientes e familiares.

Além disso, há a produção de crachás personalizados para os profissionais de saúde, o que aproxima o paciente. Mas por quê? Em cada crachá desse, uma palavra de conforto e uma foto sem nenhum EPI! Isso mesmo, sem nenhum Equipamento de Proteção, mostrando para àquele paciente o lado mais humano possível de quem está apto a ajudar, aproximando quem cuida ainda mais de quem encontra-se ali para receber os cuidados.

Produzido pela ImageMagica, já foram feitas mais de 2 mil fotografias. Isso, sem dúvidas, é mais um aliado no combate ao COVID-19. De acordo com a ApoioEcolimp, em um momento onde a máscara pode ser uma grande aliada a preservação da vida, ela também se torna uma barreira para a humanização.

Pequenos gestos como um sorriso, por exemplo, podem fazer a diferença no dia de um paciente, de um enfermeiro ou qualquer outro profissional envolvido no processo de cuidado. Por isso, mostrar o sorriso dos heróis e devolver a todos ele a identidade, é fundamental.

Atentos aos riscos

Sabemos que o trabalho nos hospitais representa a linha de frente do enfretamento à pandemia. Dessa forma, como consequência, o risco de contágio é muito alto.

Para a realização desse trabalho, é importante frisar que houve muito preparo e atenção da equipe. A seguir, veja o passo a passo de como a equipe de educadores da ONG se paramentam para realizar os atendimentos do projeto. Lembrando que é necessário levar em consideração que cada hospital possui seu próprio protocolo e, por isso, alguns métodos podem ser incluídos esporadicamente. Confira!

Passo a passo para uma humanização da saúde segura
Passo a passo para uma humanização da saúde segura

Arquitetura e facilities: uma combinação vital

O segmento de saúde exige uma visão abrangente sobre o assunto quando se trata da elaboração de projetos. Além da arquitetura, entender a necessidade e o perfil do cliente, usuários e as peculiaridades de cada serviço cria um ambiente funcional. Unir arquitetura e facilities é uma combinação vital para o  ambiente, visando garantir a sinergia entre as diversas áreas. Além de alinhar conforto, tecnologia, questões ambientais e segurança.

Segundo Bia Gadia, arquiteta e consultora em arquitetura para ambientes de saúde, hospitais, clínicas e outras unidades de saúde, quando bem projetados e com foco na humanização, contribuem para a redução de infecções e fazem a diferença no tratamento dos pacientes. “Médicos e equipe têm maior produtividade e concentração. Exames e atividades terapêuticas são realizados com maior efetividade e a possibilidade do cliente voltar a utilizar os serviços e falar bem a respeito do médico, equipe ou da instituição é muito maior”, completa.

Arquitetura e facilities uma combinação vital

Arquitetura e humanização

Imaginar um hospital humanizado é um acréscimo positivo na estadia dos pacientes, visando diminuir o tempo de internação. O modelo de arquitetura focada nas necessidades e anseios do cliente é crucial. Esses mesmos modelos são considerados uma das soluções para a crise no atendimento de saúde no Brasil e no mundo. Afinal, essa torna-se um instrumento de cura para cada indivíduo.

Nos últimos anos, os ambientes de saúde se depararam com novos desafios e passaram a ter maior preocupação com a experiência do paciente como um todo. Com isso, foi se adequando a tecnologia de ponta para o exercício da medicina à visão e anseios do paciente. Dessa forma, o setor de saúde teve que pesquisar suas aspirações e suas angústias, com o objetivo de estabelecer adequadas relações psicológicas do indivíduo com o espaço que o acolhe.

Com isso os serviços serão repensados. Todos estão diretamente ligados a boa experiência do paciente/cliente. Mas, para isso, há uma aposta no treinamento da equipe, oferecendo não só espaços para os tratamentos específicos, mas também ambientes de descanso e descontração.

Há também uma preocupação com o conforto visual e acústico. Preocupação essa que as instituições de saúde iniciaram um processo de humanização de todas as suas atividades e seus espaços físicos.

A demanda crescente por serviços personalizados vem estimulando o despertar do profissional de facilities. Para as relações humanas e habilidades comportamentais. “Conhecer o seu cliente interno, suas necessidades e desejos e entregar serviços e um espaço de trabalho que engaje e entregue e reflita os valores nunca fez tanto sentido. É essa convergência entre os times desde a concepção do projeto promete a construção de um edifício muito mais dinâmico”, sinaliza Bia.

Via de mão dupla

Arquitetura e facilities é uma combinação vital. Engenheiros e arquitetos precisam trabalhar entre si. A colaboração dos dois é fundamental quando transformada em forma de consultoria de profissionais que atuam na gestão de facilities. Essa integração gera experiência e conhecimento suficientes para trabalhar em conjunto garantindo que todo e qualquer problema futuro possa ser sanado na fase de projeto.

Bia crê em um funcionamento de mão dupla nesse caso. Ela enxerga o arquiteto como um consultor para o facilities management (FM). “No geral, esse complemento entre as funções fazem o processo fluir de maneira mais harmoniosa. Há uma alteração nas estruturas que facilitarão o dia a dia, permitindo que o time tenha suas funções dentro daquele espaço com a garantia de que os serviços que os apoiam estejam em total funcionamento”, acrescenta a arquiteta.

Para atender as necessidades de toda a cadeia da saúde e podendo apresentar soluções completas, do projeto até o pleno funcionamento de um hospital é necessário pensar em todos os serviços.

“Tivemos um aumento significativo no mercado de facilities na área hospitalar e uma sensação cada vez maior de não estar em um ambiente hospitalar, mas em um ambiente maior do que os de lazer e hotelaria, justamente por humanizar a percepção de organização, a sensação de estar correndo tudo bem desde a recepção no check-in até a alta no check-out”, finaliza a consultora em arquitetura para ambientes de saúde, Bia Gadia.

O arquiteto aliado ao FM contempla toda a parte de infraestrutura e arquitetura introduzindo em cada instituição, estratégias que se adequem aos detalhes, gerindo resultados que sejam profícuos. Além de projetos de alta performance, que garantem o melhor funcionamento e a organização dos diferentes setores.

Humanização do serviço é essencial para a recuperação do paciente

Muitos profissionais de saúde buscam aumentar o nível de experiência do paciente. Seja na jornada, na interpretação do atendimento ou até mesmo na visita dos familiares. Nos dias de hoje, essa é uma das prioridades das organizações de saúde, mesmo que muitos não entendam ainda a necessidade.

O desenho dessa experiência deve ser algo inclusivo para os que frequentam e para todo o corpo clínico que se mobiliza para fazer dar certo, integrando essa solução de forma convergente e olhando pela vertente das empresas de facilities, é considerada uma obrigação a entrega de um trabalho bem feito, baseado em tecnologia, para  integrar diversos níveis de experiência.

Assim, a experiência do paciente torna-se um esforço integrado, entre todos os “braços” das equipes que trabalham na entidade de saúde. “Um corpo clínico de excelência garante um ambiente ao paciente com conforto e segurança para progredir durante todo o seu processo de recuperação”, comenta Fabrícia Cotrin, gerente assistencial do Hospital Vila Nova Star, durante apresentação no Congresso Hospitalar Facilities ocorrido em maio, em São Paulo, durante a Hospitalar 2019.

O cuidado com o paciente não diz respeito apenas aos médicos e enfermeiros. O setor de facilities chega como um fator fundamental, peça-chave para as entidades. “Acolher, resolver e fazer a diferença. O toque de humanidade no cuidado e no atendimento dos clientes é um ganho importante para as instituições por meio da gestão de facilities”, afirma a gerente.

Humanização do serviço é essencial para a recuperação do paciente

Transformação digital x experiência do usuário

Fortalecer a experiência do paciente, muitas vezes significa implementar passos simples que poderiam fazer a diferença para os pacientes. Engajar, principalmente com meios tecnológicos é essencial. Entretanto, o paciente quer ser atendido com os melhores equipamentos e com os melhores profissionais.

A transformação ocorre quando se entende o propósito. Tanto da equipe, quanto do usuário, com relação aos meios tecnológicos. Por exemplo, por meio da inteligência artificial é possível calcular um tempo médio de internação do paciente, exibindo a assim a jornada do usuário dentro da instituição fazendo o mesmo entender todos os passos que ele dará dentro do hospital.

Ainda de acordo com Fabrícia, ter boas soluções tecnológicas não significa maturidade nos processos e muito menos sinônimo de sucesso e satisfação do cliente. Nesses pontos, os treinamentos são essenciais para alcançar a excelência. “Os terceiros precisam estar totalmente integrados, é fundamental que eles estejam engajados no acompanhamento ao nosso paciente. O treinamento comportamental é importante, traz situações do cotidiano do hospital, colocando o profissional para participar desse cenário”, finaliza.