CSI da limpeza

O combate a infecção hospitalar é um dos maiores desafios dentro do setor de saúde. Segundo levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 14% dos pacientes internados em hospitais são atingidos por algum tipo de infecção hospitalar.

Outro estudo, realizado por pesquisadores da Faculdade de medicina da USP, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, apontou que, a limpeza correta e eficiente do ambiente hospitalar é capaz de remover mais de 90% dos micro-organismos nele presente.

Preocupada em manter o alto padrão de limpeza e higienização, além de contribuir para a segurança do paciente, a APOIO, em parceria com o Hospital 9 de Julho (H9J), em São Paulo, desenvolveu uma metodologia de avaliação da técnica e eficácia de seus processos de higienização no ambiente de saúde. A técnica consiste na aplicação de luz ultravioleta nas superfícies higienizadas.

A técnica 

Para ilustrar melhor a técnica desenvolvida, podemos compará-la ao método utilizado por peritos criminais que buscam por manchas de sangue utilizando luz negra e luminól em cenas de crime.

CSI da limpeza

O teste de luz negra, como é conhecido, é uma ferramenta desenvolvida e utilizada pela APOIO para identificar se o processo de higienização do ambiente hospitalar foi realizado de maneira eficaz e seguindo os protocolos estabelecidos.

Antes de ser realizada a limpeza, 15 áreas diferentes do ambiente são marcadas com uma substância sensível a luz ultravioleta seguindo um rigoroso protocolo baseado no manual da Anvisa – Segurança do Paciente em Serviços de Saúde: limpeza e desinfecção de superfícies.

Após a realizado todo o processo de higienização, um enfermeiro responsável pelo processo de auditoria de qualidade inspeciona cada um dos marcadores para conferir se a limpeza foi realizada de maneira correta. Quando a superfície é higienizada corretamente, a Luz UV não detectará vestígios da substância aplicada.

Com base em uma amostragem de leitos, é possível gerar indicadores capazes de identificar a qualidade do serviço prestado e se a higienização dos ambientes foi realizada adequadamente. Além disso, a técnica permite a identificação de pontos de melhoria e se o treinamento das equipes da APOIO atendem às exigências regulatórias, dos órgãos certificadores e de cada cliente.

10 dicas para prevenir contaminação cruzada e infecção hospitalar

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, a taxa de infecção hospitalar atinge 14% das internações. Enquanto internado, o paciente pode tomar alguns cuidados que venham a prevenir o contágio que são consideradas medidas simples. Essa atenção deve ser estendida também aos visitantes, para que a vida do paciente não seja colocada em risco.

Saber driblar a contaminação cruzada dentro de um hospital nem sempre é tarefa fácil e, por isso, separamos 10 dicas que ajudam profissionais e pacientes a tornar o ambiente mais seguro e menos propício a propagação de doenças. Confira!

10 dicas para prevenir contaminação cruzada e infecção hospitalar

Higienização correta das mãos

Higienizar corretamente mãos é um exemplo de boas práticas. Cobrar do serviço de saúde a disponibilidade de álcool em gel para a higiene das mãos, próximo ao quarto ou aos leitos, é outra medida. 

Atenção as UTIs

Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) concentram-se pacientes clínicos ou cirúrgicos mais graves, necessitando de suporte contínuo de suas funções vitais. Por meio do o uso de equipamentos invasivos, como cateter e respirador (para ventilação mecânica), facilitam a entrada de bactérias e vírus. Lesões na pele do paciente também são portas de entrada para essas infecções.

Limpeza do ambiente

A limpeza hospitalar é bem específica e tem como objetivo controlar, reduzir, prevenir e até eliminar riscos que possam comprometer a saúde. A desinfecção de áreas potencialmente contaminadas é crucial no controle do ambiente.

Atenção com as visitas

Ao visitar alguém no hospital, não sente em macas, não leve flores, nem crianças, sobretudo os bebês pequenos, que são muito frágeis. E sempre adie a ida se não estiver em excelentes condições de saúde. Os pacientes já estão com a imunidade fragilizada e quando expostos a novas bactérias e vírus podem ter sua situação agravada.

Fique atento aos passeios pelo hospital

Nesse caso, o paciente está exposto ao ambiente, não preparado com os cuidados necessários. Assim, ao realizar esses respectivos passeios, o paciente deve estar acompanhado sempre de um médico ou enfermeiro.

Descartar resíduos infectantes em local apropriado

Esses materiais utilizados são considerados altamente contaminantes pelo fato de poderem causar doenças ou, até mesmo, serem responsáveis pela contaminação do solo e da água.

Seguir corretamente os protocolos de limpeza hospitalar

Elaboração de diretrizes para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde, que devem sem incorporadas nas normas e rotinas de atendimento ao paciente e serviços de apoio, com o objetivo de diminuir os riscos de ocorrência de uma infecção relacionada à assistência à saúde.

Manter jalecos sempre limpos

O jaleco é um importante dispositivo de proteção individual que oferece aos funcionários a segurança nas coletas e contra eventuais perigos que, porventura, venham a ocorrer, como contato com materiais biológicos, substâncias tóxicas ou mesmo derramamento de reagentes. Não usar fora do hospital também é uma boa forma de evitar contaminações, evitando que sejam levadas para o ambiente externo e vice-versa.

Observar os procedimentos de assepsia do paciente antes dos procedimentos cirúrgicos

Observe se médicos e enfermeiros lavam as mãos antes e depois de tocar nos pacientes. Esses profissionais devem usar luvas, jaleco e, dependendo da situação e condição do enfermo, até máscaras.

Não leve objetos do hospital para casa

Apesar de não serem visíveis a olho nu, muitas vezes estão repletos de bactérias e outros agentes infecciosos. Dessa forma, os riscos podem ser levados para a residência, aumentando as chances de infecção.