Tendências em hotelaria hospitalar

Experiências mal vividas pelos clientes são parte do problema que grandes empresas enfrentam ao longo de sua existência. Recentemente, em estudo realizado pelo Gartner, mais de 80% das organizações colocaram Customer Experience como principal caminho de diferenciação.

No setor da saúde, a hotelaria hospitalar é uma das responsáveis por essa experiência. Ninguém gosta de ficar doente, no entanto, a hotelaria chegou para tirar as instituições de saúde de uma visão fria e nada humanizada, fazendo a jornada um pouco mais leve.

Diante do cenário oferecido por essa solução, grande parte dos gestores consideram a hotelaria crucial para as entidades de saúde. Dessa forma, sem dúvidas, permite que o atendimento ao cliente seja oferecido com total excelência.

Portanto, como terceirizada ou até mesmo um departamento, a hotelaria permite um gerenciamento de informações necessárias, de forma contínua, para que diferentes áreas se comuniquem, levando um apoio em diversos nichos da entidade de saúde.

Perspectivas do setor

Segundo o artigo “Hotelaria Hospitalar no Brasil: Perspectivas e Tendências”, por Marcelo Boeger, a hotelaria hospitalar contribui para a qualidade e a continuidade da assistência por quatro principais eixos das quais derivam inúmeros processos e protocolos que são por exemplo:

– Acolher: Propicia aos clientes e acompanhantes a percepção da eficiência no atendimento em um ambiente acolhedor, confortável e seguro;

– Hospedar: Oferece instalações adequadas e seguras, assegurando a continuidade do serviço da assistência em seus diversos processos de abastecimento (roupa hospitalar, alimentação, higiene) e desabastecimento de resíduos e enxoval sujo;

– Entreter: O entretenimento deve ser considerado, igualmente para todas as faixas etárias, sendo um dos elementos fundamentais para a melhoria da qualidade de vida durante a experiência hospitalar, tanto em salas de espera como durante sua internação;

 – Alimentar: É a arte de integrar a patologia do paciente com uma dieta individualizada junto a técnicas gastronômicas, de uma forma interativa com o processo de escolha, considerando aversões e preferencias.

Diante deste cenário percebe-se que há inúmeras soluções integradas para que a experiência seja entregue com qualidade aos usuários.  Além disso, fazem toda diferença e conquistam cada vez mais os usuários que enxergam isso como um grande diferencial entre os concorrentes. Isso resulta em aumento na fidelização e credibilidade da organização.

Em contrapartida, preparamos algumas tendências em hotelaria hospitalar, que rondam o mercado de saúde. Confira!

1) Qualidade

Em primeiro lugar, a busca pela qualidade está sempre em primeiro lugar quando falamos sobre hotelaria hospitalar. Isso envolve desde um trabalho bem feito para os clientes, recebendo o serviço de maneira excelente, como também na otimização de recursos e, mais importante, a redução de erros, evitando que o trabalho seja repetido e menor burocratização dos processos.

2) Setores engajados

O serviço de hotelaria hospitalar para as instituições de saúde funciona como elo de diversas áreas que, apesar de parecerem distintas, caminham para o mesmo objetivo: a satisfação e atenção do usuário e seus familiares.

Com estratégias bem definidas e um suporte de gestão rigoroso, o time de profissionais que engloba recepção, higiene hospitalar, segurança patrimonial, gestão de leitos, enxoval e outras terceirizações, conseguem oferecer soluções customizadas e rápidas para cada caso. Tudo isso graças à capacitação e treinamentos contínuos nas áreas em questão.

3) Gerenciamento de leitos e rouparia

A importância da gestão de rouparia está diretamente ligada à gestão de leitos e é vista como um complemento do serviço de hotelaria. Dessa forma, essa gestão permite minimizar custos, reduzir riscos de perda, quantificar e qualificar os estoques, bem como a entrada e saída de peças.

Por outro lado, a gestão de leitos é, sem dúvidas, um dos maiores desafios enfrentados dentro de um hospital, já que manter o maior número de leitos ocupados e diminuir a fila de espera de pacientes é algo que precisa de muita atenção e acompanhamento especializado.

4) Experiência do paciente

Tudo o que foi citado até o momento está diretamente ligado a experiência do cliente. Cada vez mais o cliente é o centro das atenções e o motivo disso é simples: estamos na era da experiência.

Pensar em uma maneira que o cliente seja o centro das atenções, tem tudo a ver com a hotelaria hospitalar. A eficácia do serviço é ainda maior quando englobado a tecnologia, limpeza e atendimento, o que se tornam fatores fundamentais para uma boa recuperação dos pacientes.

Em conclusão, essa é, sem dúvidas, uma das maiores sacadas quando o assunto é experiência do paciente.

5) Equipe bem treinada

Sem dúvidas, uma equipe bem treinada é sinônimo de eficácia. Quando se terceiriza o serviço de hotelaria hospitalar, você contrata treinamentos, instruções e principalmente experiência no setor.

Com o core business voltado para a área da saúde, a APOIO se destaca por uma metodologia diferenciada. Além disso, une as diversas áreas de atuação com toda expertise necessária para o sucesso em todos os processos previamente acordados

As tendências para o mercado de facilities em 2020

Planejar bem as ações fazem com que os processos se desenvolvam da melhor forma possível. E se desenvolver é fundamental para acelerar o crescimento das instituições e em 2020, a gestão de facilities chega com algumas tendências para o mercado que devem gerar ainda mais benefícios para os seus adeptos.

Em pesquisa realizada pela ABRAFAC, em parceria com a GlobalFM e conduzida pela Frost & Sullivan em mais de 40 países, concluiu que o setor está estimado em US$ 1,15 trilhão e ao decorrer dos anos seguirá em crescimento. Essa tendência global é uma estratégia fundamental para o mercado, que corresponde as expectativas relacionadas às demandas, trazendo dinamismo e eficiência, contribuindo para a melhora dos resultados da empresa.

A visão na Europa

Para ilustrar esse crescimento e entender as expectativas do setor, na Europa, o mercado de deverá aumentar 14.1% ao ano até 2023. O que recai sobre a responsabilidade do Facilities Management (FM), é a geração de custos sem comprometer a experiência dos que frequentam o ambiente, sejam eles trabalhadores ou visitantes.

É muito comum ver as empresas observando tendências e focando em como elas gerarão um impacto financeiro positivo, mas, dar uma resposta aos clientes deve ser a prioridade. É necessário observar como os grandes líderes do mercado estão crescendo, ao se modernizar e inovar a cada processo estão se modernizando e inovando, seja na sustentabilidade financeira, experiência, aplicação de tecnologias, entre outros.

Com base em estudos e observações do setor, aqui estão as principais tendências a serem observadas em 2020.

1 – Sustentabilidade para o edifício

Toda empresa terceirizada deve possuir um compromisso com a sustentabilidade e falando em, entretanto, pensar em sustentabilidade de forma verde é algo ainda pequeno para as grandes empresas do mercado de FM. Manter práticas sustentáveis dentro dos processos administrativos e assistenciais podem gerar resultados positivos relacionados a eficiência e redução de custos. Para isso, é necessário construir uma cultura de responsabilidade que envolve todos os colaboradores, sejam eles próprios ou terceirizados o que deixam o edifício ideal ao se tratar de sustentabilidade.

2 – A experiência do cliente

Uma das maiores tendências dos últimos anos para o facilities management é a forma como o serviço é entregue ao cliente. Tratando de um hospital, significa privilegiar cada vez mais a maneira que o paciente desfrutará da sua jornada.

Tecnologia, limpeza e atendimento, são fatores fundamentais para essa recuperação. Pensar em uma maneira que o cliente se sinta acolhido, com decisões assertivas em sua estadia, englobando a tecnologia, é um dos fatores mais importantes para o setor. Essa é a, sem dúvidas, uma das maiores sacadas quando o assunto é experiência do paciente.

3 – Big data

O investimento em tecnologia para o mercado está diretamente ligado ao aumento da produtividade das instituições e prestadoras de serviços. Uma das maiores tendências no mercado é o investimento em mobilidade, afinal, são características do nosso cotidiano, por exemplo, utilizar smartphones e outros dispositivos móveis, para receber informações atualizadas e em tempo real.

O Big Data faz parte desta evolução. Mesmo que sendo um aliado do FM há um bom tempo, finalmente faz jus à sua produtividade com a ajuda de novas ferramentas tecnológicas. É fundamental na solução pois traz desafios acrescidos para o FM, com demasiada informação da equipe.

Mas ainda há um problema com essa tendência: o filtro. Para se obter uma informação por meio da big data é necessário, filtrar, analisar e executar, porém, para isso, é necessário que a equipe esteja treinada e pronta para distinguir o que é “ruído” e o que traz grandes perspectivas sobre gestão.

4 – IoT (Internet of Things)

A Internet of Things ou internet das coisas, é uma tendência já presente em diversas vertentes pelos negócios. Nela, ferramentas e sistemas são conectados podendo ser usada para monitoramento, rastreabilidade, controle de acesso, geração de indicadores, entre outras funcionalidades. A gestão de facilities começa a carregá-la como uma grande aliada com a aceleração de processos e facilitando a tomada de decisão.

Suas aplicações são encontradas nos mais diversos tipos de mercado como por exemplo administração predial e essa é uma das principais tendências para o mercado de facilities em 2020. O cuidado com a saúde e a geração e distribuição de energia, que já são impactados pela tecnologia.

5 – Arquitetura + facilities

Unir a arquitetura e a gestão de facilities com o foco nas necessidades e anseios do cliente é uma das soluções para manutenção de uma boa rotina nos edifícios e instituições. Em um pronunciamento, a ABRALIMP (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) se pronunciou, afirmando que a concepção do projeto e a execução das obras devem estar mais atentas para garantir um bom fluxo e manutenção da limpeza dos espaços ao mesmo tempo em que garantem a segurança dos profissionais envolvidos no ciclo da limpeza.

Arquitetos devem contar com a colaboração em forma de consultoria de profissionais que atuam em FM. Essa integração gera experiência e conhecimento suficientes para trabalhar em conjunto garantindo que todo e qualquer problema futuro possa ser sanado na fase de projeto.

6 – BIM

Building Information Modeling (BIM) ou Modelagem da Informação da Construção, é uma ferramenta utilizada para os construtores e arquitetos terem um olhar amplo no momento de recolher toda a informação sobre um edifício por meio de modelagem digital.

Mas como se encaixa na gestão de facilities? Simples! Ele facilita a visualização e faz com que, antes do prédio ser erguido, haja uma prévia dos seus pavimentos. Assim, o gestor FM consegue ter um olhar muito mais detalhista das instalações e sua tomada de decisão é muito mais confiável.

Os desafios para o setor de Facilities Management são contínuos, contando com melhorias e padronizações e a BIM, sem dúvidas, é uma delas. Ele permite que exista a incorporação de dados confiáveis para a operação e manutenção, obtendo economia de tempo e redução de custos com a indicação do problema imediatamente e ainda atinge a parte de gestão e planejamento organizacional.

Essas foram as tendências para o mercado de facilities em 2020. Gostaria de saber mais sobre algumas soluções? A APOIO pode te oferecer!

Cinco vantagens da gestão de facilities

Descubra como o Facilities Management (FM) pode gerar melhorias para o seu negócio por meio das vantagens da gestão de facilities

As instalações das unidades de saúde possuem áreas de grande circulação, onde pacientes, visitantes e funcionários convivem de alguma maneira, necessitando de cuidados redobrados com a higienização do local.

Todo o trabalho deve ser organizado para se adaptar aos padrões e procedimentos exigidos para a área de atuação. Por isso, os responsáveis devem conhecer as orientações vindas das normas regulatórias e saber como capacitar a equipe para cumpri-las.

A tão desejada credibilidade dificilmente será conquistada quando há um ambiente desorganizado, mal higienizado ou com falhas na manutenção. Mas, contando com uma equipe terceirizada de qualidade, as entidades de saúde recebem um serviço de excelência, aumentando a possibilidade da experiência dos seus clientes serem de alto nível. 

Essa condição é essencial para as organizações e por isso, escolher uma empresa que terceiriza o serviço com a gestão de facilities é crucial para o bom funcionamento do negócio. Quer entender? Listamos cinco vantagens que a gestão de facilities gera para o seu negócio

1) Mão de obra qualificada

Além de buscar as melhores soluções para os problemas e agir no seu foco, a qualificação da mão de obra oferecida pelos serviços de terceirização proporciona um maior conhecimento técnico diante dos produtos e equipamentos utilizados.

Dessa forma, o profissional executa o serviço de maneira ágil e assertiva, contando com um tempo reduzido e sem causar danos à instituição de saúde.

2) Domínio das normas

Quando falamos dos procedimentos de limpeza e desinfecção, a Anvisa é bem criteriosa no assunto e ressalta que além da atenção para todos os tipos de superfície do ambiente, os profissionais precisam estar em constantes treinamentos para garantir a atualização e eficácia na rotina diária.

As instituições de saúde são exemplos de rigorosas regras e, em algumas situações, um mero descuido pode colocar em risco os funcionários e os clientes e visitantes que utilizam o espaço.

Em um ambiente em que o risco de contaminação é potencialmente maior, é fundamental seguir corretamente os protocolos de limpeza e desinfecção.

3) Conhecimento do serviço

A adoção de procedimentos relacionados a produtividade e a qualidade do trabalho de uma equipe terceirizada em limpeza, está diretamente ligada aos treinamentos que a contratada oferece a sua equipe.

Conhecer o serviço e padronizar a aplicação do mesmo é fundamental para a qualidade do que será entregue. Portanto, os funcionários devem seguir essas orientações a fim de garantir a satisfação dos frequentadores.

4) Conhecer a rotina e cultura da instituição para cumprir o planejado

Entre as cinco vantagens que a gestão de facilities gera para o seu negócio, poder contar com uma terceirizada em todas as etapas dos processos, com colaboradores especializados e realizando as tarefas com excelência, é a mais importante do do processo, onde por meio dos treinamentos oferecidos pela prestadora, garantem maior assertividade e qualidade na execução das atividades e o cumprimento das normas e condutas da organização, melhorando o funcionamento das áreas.

O objetivo dos serviços de limpeza e conservação é garantir que o espaço esteja perfeitamente pronto para utilização, mas sem interferir na rotina das pessoas.

Com toda sua expertise na área e soluções eficientes, a empresa contratada consegue simplificar processos distintos como limpeza, portaria, recepção, jardinagem e outros e, consequentemente, impactar positivamente na realização das demais atividades da organização.

5) Alto padrão de qualidade e entrega

Não é fácil garantir que os serviços e atendimentos sigam sempre o mesmo padrão de qualidade, muito menos que eles estejam acima desse padrão determinado. É aí que entra mais um grande diferencial que impacta no resultado dos processos oferecidos: a qualidade acima do padrão.

Contar com um parceiro estratégico certificado, é garantia de qualidade em cada etapa dos processos, alinhados aos métodos e organizações exigidos pela certificação. Essa garantia gera confiabilidade e a certeza de contar com a inovação.

Tecnologia melhora eficiência em ambiente hospitalar

A busca por processos e tecnologias que otimizam o tempo de trabalho, aumentam a qualidade do serviço prestado e reduzem o impacto na operação da unidade de saúde sempre foi uma das prioridades da APOIO, empresa com mais de 30 anos de experiência no segmento de limpeza e desinfecção hospitalar.

Foi a partir da demanda em reduzir o tempo de resposta em chamados de limpeza e a constante manutenção da higiene nos banheiros dos hospitais que, durante um jantar em um restaurante de São Paulo, o gerente de projetos da APOIO, Augusto Boccia, notou os botões de chamada nas mesas e a rapidez com que os garçons realizavam o atendimento após a chamada.

Diante dessa observação, a equipe de projetos da empresa buscou o dispositivo no mercado e o adaptou para o ambiente hospitalar. A solução consiste em um botão de chamada devidamente sinalizado nos banheiros das instituições de saúde. Ao identificar alguma inconformidade, o usuário aciona o botão que envia um sinal para um relógio que fica com o responsável pela limpeza. Imediatamente o funcionário, se dirige ao local para realizar o procedimento de higienização.

O começo de tudo

O projeto piloto foi implementado no Hospital 9 de Julho (H9J), na capital paulista. Inicialmente, o botão, batizado como “Chama Limpeza”, foi instalado em banheiros com alto fluxo de pessoas como o do Pronto Socorro, por exemplo.  A tecnologia melhora eficiência em ambiente hospitalar e foi bem recebida pela equipe do H9J. Ela foi testada durante 45 dias e devido ao seu sucesso foi implementada em outras áreas do hospital.

Os resultados surpreenderam todos os envolvidos no projeto. Segundo indicadores levantados após o período de testes, houve uma melhoria considerável nos resultados do NPS e queda de 80% nas ocorrências do SAC relacionadas à limpeza dos ambientes.

A APOIO foi a primeira empresa a utilizar este tipo de equipamento no ambiente hospitalar e, atualmente, outros dez hospitais clientes também utilizam o serviço. “O tempo de resposta entre a chamada e a chegada da equipe de limpeza varia entre um e três minutos”, completa Boccia. Ainda segundo o executivo, manter os ambientes higienizados contribui para a melhoria da experiência e segurança do paciente.

O Hospital Edmundo Vasconcelos, localizado na capital paulista, é um desses clientes. Além de adotar o Botão de Chamada em ambientes com alto fluxo de pessoas também instalou a solução nos postos de enfermagem, provando que a tecnologia melhora a eficiência em ambiente hospitalar.

A grande responsável pela experiência do cliente

Ao longo desse tempo, o conceito evoluiu e foi amplamente adotado pelas organizações de saúde ao redor de todo o mundo. Além disso, os avanços tecnológicos passaram a fazer parte das rotinas hoteleiras e novos conceitos de humanização surgiram para acrescentar ainda mais valor em uma área tão importante para o negócio do hospital, se tornando a grande responsável pela experiência do cliente.

O responsável pela gestão dessa área tem a missão de transformar o hospital. Hoje, as unidades de saúde entenderam que, para melhorar a experiência do cliente dentro das instalações de saúde são necessários serviços que levem mais conforto, segurança e tranquilidade aos pacientes e seus acompanhantes. A gentiliza, cordialidade e atenção dos hoteleiros cada vez mais permeiam entre as equipes de apoio e assistencial que atendem o público em determinado hospital.

Marcelo Boeger, presidente da Sociedade Latino Americana de Hotelaria Hospitalar, em um dos seus artigos sobre perspectivas e tendências da hotelaria hospitalar, diz que “as áreas de apoio dos hospitais, por muito tempo, estiveram estagnadas e o cuidado com o cliente era uma preocupação focada apenas na assistência direta ao paciente. ” Hoje, prover de todo suporte necessário para que a equipe clínica desempenhe seu papel com a concentração voltada às necessidades do paciente, faz parte dessa solução.

O desenvolvimento do setor

Reunir os serviços de apoio, permitindo a alta performance no atendimento ao cliente, a hotelaria dos hospitais se destaca à medida em que o cliente exige a entrega de um serviço de maior qualidade, gerando o desenvolvimento do setor.

Agregar valor. Esse é o papel da hotelaria em resumo. A profissionalização dos processos dentro da estrutura organizacional de facilities, permite uma nova metodologia para as entidades que contratam o serviço. Por meio dela, a operação tem a mensuração das atividades e das melhores práticas para a prestação dos serviços, composta por exemplo de funções básicas, mas em contato direto com a contratante e se tornando responsável pelo bem-estar e conforto do cliente e seus acompanhantes.

Hotelaria hospitalar

A experiência do paciente

Segundo o The Beryl Institute, comunidade global referência sobre o tema, a experiência do paciente é a somatória de “todas as interações, moldadas pela cultura da organização, que influenciam a percepção do paciente por meio da continuidade do cuidado”.

Aprimorar o serviço de saúde começa com a possibilidade de criar uma experiência única para os que visitam, mesmo como acompanhantes, o hospital. Dessa forma, é necessário pensar no que os pacientes verdadeiramente valorizam quando necessitam dos cuidados clínicos e principalmente focar no atendimento individualizado.

Cada vez mais o cliente é o centro das atenções e o motivo dessa situação é simples: estamos na era da experiência. Com as tecnologias que permeiam ao nosso alcance, o cliente nunca teve tanto poder sobre o que utiliza e assim, o método aperfeiçoa a vivência de quem é atendido por uma instituição de saúde, seja pública, seja particular. A finalidade é que, além de fazer com que os pacientes saiam dali mais do que satisfeitos e que entendam todos os procedimentos a que foram submetidos.

Estudos comprovam 

Um estudo realizado pela Gartner Group, apontou que 80% dos consumidores afirmam que a experiência é um fator decisivo no momento de escolha de um produto ou serviço. Já 87% apontam que as experiências anteriores ajudam a escolher novos serviços futuramente. Trazendo para o setor da saúde, as estatísticas não fogem muito dessa linha.

Acima de tudo é preciso entender que o atendimento precisa ser humanizado, lindando com pessoas. Sem dúvida, a assistência médica deve ser a preferência nos hospitais, sendo entregue um serviço de excelência. Mas é só isso? Antes do assistencial, o paciente é submetido a inúmeras experiências que, muitas das vezes, começam na calçada da instituição.

O tema “experiência” agrega todos os fatores que estão envolvidos em uma instituição de saúde. Na visão do paciente, essa perspectiva será absorvida em forma de jornada, em cada ponto de contato, cada área e profissional que o atenderá. A experiência, então, nada mais é do que o somatório final de toda jornada vivida pelo paciente.

Os hospitais brasileiros

Nos EUA, os prestadores de serviços nas entidades de saúde são pagos a partir dos indicadores emitidos por meio da experiência do paciente. Essa prática obrigou a todos os gestores e a liderança das instituições a se preocuparem mais com o tema, fazendo com que fosse entregue uma jornada de excelência ao paciente.

Já no Brasil, muitos hospitais ainda não trabalham com a experiência do paciente e sim com a satisfação do cliente. Mesmo que parecidos, é bom ressaltar que a satisfação é apenas uma das partes que englobam a experiência.

Há décadas, a humanização no atendimento já existia por meio do Hospital Israelita Albert Einstein. Com as visitas dos colaboradores aos quartos dos pacientes para ouvir opiniões, formalizando a satisfação do cliente, a instituição já englobava parte da experiência dos pacientes.

Prioridades

Em 2017, em outro estudo, o The Beryl Institute promoveu uma pesquisa que contou com profissionais de 27 países. Nela, foram evidenciados alguns avanços na saúde e, por fim, apontou que mais de 80% dos hospitais entrevistados já aderiram ao seu negócio a experiência do paciente. Para completar, 82% dos gestores deles, consideram prioridade em suas instituições a jornada dos clientes.

A experiência é algo que vem para reforçar cada um dos componentes dentro de uma instituição. Ela é medida por indicadores. Segurança, clínico, satisfação de individual entre outros. A mudança não implica somente em investimentos financeiros, mas também numa mudança de mentalidade da parte de seus gestores.

Adotar a cultura da experiência do paciente nas organizações significa possuir colaboradores motivados e consequentemente os pacientes, acompanhantes e frequentadores do hospital satisfeitos. Além disso, essa solução permite resultados clínicos melhores e um desempenho financeiro da instituição mais sólido.

Humanização do serviço é essencial para a recuperação do paciente

Muitos profissionais de saúde buscam aumentar o nível de experiência do paciente. Seja na jornada, na interpretação do atendimento ou até mesmo na visita dos familiares. Nos dias de hoje, essa é uma das prioridades das organizações de saúde, mesmo que muitos não entendam ainda a necessidade.

O desenho dessa experiência deve ser algo inclusivo para os que frequentam e para todo o corpo clínico que se mobiliza para fazer dar certo, integrando essa solução de forma convergente e olhando pela vertente das empresas de facilities, é considerada uma obrigação a entrega de um trabalho bem feito, baseado em tecnologia, para  integrar diversos níveis de experiência.

Assim, a experiência do paciente torna-se um esforço integrado, entre todos os “braços” das equipes que trabalham na entidade de saúde. “Um corpo clínico de excelência garante um ambiente ao paciente com conforto e segurança para progredir durante todo o seu processo de recuperação”, comenta Fabrícia Cotrin, gerente assistencial do Hospital Vila Nova Star, durante apresentação no Congresso Hospitalar Facilities ocorrido em maio, em São Paulo, durante a Hospitalar 2019.

O cuidado com o paciente não diz respeito apenas aos médicos e enfermeiros. O setor de facilities chega como um fator fundamental, peça-chave para as entidades. “Acolher, resolver e fazer a diferença. O toque de humanidade no cuidado e no atendimento dos clientes é um ganho importante para as instituições por meio da gestão de facilities”, afirma a gerente.

Humanização do serviço é essencial para a recuperação do paciente

Transformação digital x experiência do usuário

Fortalecer a experiência do paciente, muitas vezes significa implementar passos simples que poderiam fazer a diferença para os pacientes. Engajar, principalmente com meios tecnológicos é essencial. Entretanto, o paciente quer ser atendido com os melhores equipamentos e com os melhores profissionais.

A transformação ocorre quando se entende o propósito. Tanto da equipe, quanto do usuário, com relação aos meios tecnológicos. Por exemplo, por meio da inteligência artificial é possível calcular um tempo médio de internação do paciente, exibindo a assim a jornada do usuário dentro da instituição fazendo o mesmo entender todos os passos que ele dará dentro do hospital.

Ainda de acordo com Fabrícia, ter boas soluções tecnológicas não significa maturidade nos processos e muito menos sinônimo de sucesso e satisfação do cliente. Nesses pontos, os treinamentos são essenciais para alcançar a excelência. “Os terceiros precisam estar totalmente integrados, é fundamental que eles estejam engajados no acompanhamento ao nosso paciente. O treinamento comportamental é importante, traz situações do cotidiano do hospital, colocando o colaborador para participar desse cenário”, finaliza.